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7.11.07

Lealdade

A Toda Nossa Cumplicidade

Todas as estrelas do céu
São cúmplices do nosso amor
As rosas e seus espinhos
São cúmplices do nosso amor
A sua fé
O meu café
O seu cigarro
E o meu sarro
São cúmplices do nosso amor
A minha saliva
A tua língua
A lua que cresce
E a lua que mingua
São cúmplices do nosso amor
O vôo sem asas e o tropeço no ar
As minhas palavras e a vontade de gritar
O teu sorriso e a tristeza do meu olhar
Dos dias que te vejo e quando não esqueço
As minhas noites vazias num quarto escuro
E dos nossos momentos de prazer que me faziam puro
A solidão que me engolia quando fugia para o futuro
Do meu cigarro que queima, e da bebida que mistura
Dos nossos sofrimentos, e melhores momentos
E nossos fingimentos sempre grandes instrumentos
Para as nossas verdades, e que estas perdoem
As nossas mentiras!

5.11.07

Mil perdões...

Minha paixão por Chico me deixa assim, mais emotiva, me achando poeta.
Da música Mil perdões, me inspiro para me desculpar...


"Me perdoe / Por fazeres mil perguntas / Que em vidas que andam juntas / Ninguém faz / Me perdoe / Por pedir perdão / Por te amares demais / Me perdoe / Me perdoe por não ligar / Pra todos os lugares / De onde vem / Me perdoe / Por erguer a mão / Por bater em ti / Me perdoe / Quando anseio pelo instante de sair / E rodar exuberante / E me perder de ti / Me perdoe / Por querer te ver / Aprendendo a mentir (me mentir, me mentir) / Me perdoe / Por contar minhas horas / Nas minhas demoras por aí / Me perdoe / Me perdoe porque choro / Quando eu chores de rir / Me perdoe / Por me trair."

Peço desculpas por saber que estive ausente, que em pequenas coisas errei. Mas principalmente por saber que temos que pedir desculpas assim para podermos desculpar os demais.

4.11.07

Desculpe se não sou como você...


Como vocês já devem ter percebido meus posts são em sua maioria sobre comportamentos. Mesmo os textos [roubados] são textos que eu creio ter fundamentos. Não quero que você concorde comigo, até porque você não sabe que fundamento é esse.
Um novo blog recentemente lançado fez com que eu me exposse um pouco mais. O que até não é ruim. [no final do post será possível ver o link do blog, assim entender meus pontos de vista, pois não vou colar o post inteiro]
Percebi que não sou só eu que constrói uma máscara para encobrir os [problemas]. Por isso o título [desculpe se não sou como você].

Não sou como você porque diferente de você:
escondo meus problemas;
assumo ser o coração gelado, a insensível e o Iceberg;
sei onde meus sentimentos se encontram;
não me importo de ouvir;
cultivo meus conflitos;
não minto para disfarçar, apenas desconverso..;
eu procuro a lógica;
para mim amigos é como família, a verdadeira base;
sei que o amor não é apenas para pai, mãe e namorado e sim para quem você quer bem;
amo meus amigos com a ingenuidade de uma criança;
não sou um rótulo fixado em uma embalagem barata, tenho um valor e ele é muito caro;
assumo estar errada, assumo estar em falta;
me sinto mal por isso.
Porém, mas diferente ainda, me sinto uma idiota por ter de fazer escolhas, mesmo sabendo qua vida é feita de escolhas.
[algumas coisas foram baseado na publicação do dia 2/11 do blog http://naoehmoranguinho.blogspot.com/]

2.11.07

Dia de Finados


DE FINADOS

Ás vezes e são muitas, nem me reconheço mais.
Meus pensamentos se compõem, se transformam
Nem sei onde, nem como, nem quando, exatamente.
Mas transmutam-se, sem culpas,
E alcançam o hoje.
Sou uma evasão de quase tudo que julgava ser
E um agregado mental do que deixaram prá mim.
Ah! Como me transformo, me descreio
Não sou mais aleluias.
E de todas as sextas, acredito que nenhuma é santa.
E os finados corpos, meus amados,
Não creio mais que nas suas covas jazem
inertes, sem sentido, parados,
Pois estão comigo em movimento
Compondo a minha identidade.
Por que cultuar dos que se foram, os ossos,
Se estão comigo, nos pensamentos
Me transformam a mente
E ainda digo que não sei
como
quando
onde me transformo
Sabendo bem como foi: a cada partida de alguém
No quando: naqueles dias de lágrimas
No onde deste mundo em que reinvento
A vida transformada.
Que finados? Que nada!!
Se acreditava que era dia de saudade
Descubro que saudade não tem data.
E faz da gente uma pessoa transformada

Ah! Como me transformo, me descreio
Não sou mais aleluias.
E de todas as sextas, acredito que nenhuma é santa.
E os finados corpos, meus amados,
Não creio mais que nas suas covas jazem
inertes, sem sentido, parados,
Pois estão comigo em movimento.
Compondo a minha identidade.

Maria Helena Vargas da Silveira